Governo avalia afrouxar exigências em leilões do Galeão e de Confins

por Laryssa Borges, de Brasília, no site de Veja.com
Wellington Moreira Franco, Secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República

Wellington Moreira Franco, Secretário de Aviação Civil (Ruy Baron/Folhapress)

Depois de sucessivas críticas de empresários ligados ao setor de aviação civil, o governo federal admite que pode rever as exigências previstas no pré-edital de concessão dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Belo Horizonte, e não levar adiante, por exemplo, a exigência de que os consórcios interessados nos leilões comprovem ter experiência na administração de aeroportos com fluxo de pelo menos 35 milhões de passageiros por ano. Também entre as possibilidades de mudança está a autorização para que empresas que já venceram as disputas dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas possam participar também dos futuros certames.

Os dois pontos são apontados pelo empresariado como os que provocam maior aversão ao investidor estrangeiro. Agora, a ideia da Secretaria de Aviação Civil (SAC) é verificar se, entre as cerca de 800 sugestões recebidas a partir de audiências públicas sobre o tema, os interessados na disputa apresentaram alternativas factíveis que garantam a concorrência entre os aeroportos e não estimulem o monopólio no setor. “Fizemos audiências públicas. Pode ser que uma delas tenha uma sugestão que permita definir um critério – que seja objetivo, porque o Tribunal de Contas da União (TCU) só trabalha com critérios objetivos – que não o número de passageiros por ano para medir o desempenho de uma empresa. Se for assim, tudo bem, a gente aceita”, disse ao site de VEJA o ministro Wellington Moreira Franco. “Nada é imutável”, afirmou ele.

As ponderações recolhidas nas audiências públicas serão encaminhadas para análise do TCU. As versões finais dos editais do Galeão e de Confins são aguardadas para setembro. Já os leilões devem ficar para outubro. Os vencedores do processo licitatório para os dois aeroportos terão de garantir, segundo exigência do governo, metas mínimas de qualidade na prestação de serviços.

Para Moreira Franco, se as empresas conseguirem comprovar que o fato de um mesmo consórcio administrar dois aeroportos privatizados não fere a concorrência, é possível alterar o critério que impede essa dinâmica. “A presidente Dilma Rousseff tem defendido com muita ênfase que o monopólio, seja público ou privado, não é bom para o cidadão. O princípio é garantir a concorrência. Esse princípio existe no segundo certame [dos aeroportos do Galeão e de Confins] porque são aeroportos que concorrem entre si. Mas, se houver uma sugestão que garanta o princípio da concorrência, da competição, a gente aceita. A possibilidade de mudança vai ser retirada dessas sugestões”, explicou o ministro. A alteração dessa regra tem sido questionada por grupos como Invepar, Triunfo e Engevix.

Capital estrangeiro – O ministro Moreira Franco tratou de outro assunto pouco falado dentro do governo – o aumento de capital estrangeiro nas companhias aéreas. O ministro acredita que a abertura das empresas ao dinheiro que vem do exterior – hoje a legislação impõe teto de 20% – seria uma forma que garantir fortes investimentos ao setor. GOL e TAM têm enfrentado trimestres consecutivos de resultados ruins devido ao aumento do preço do petróleo, à cotação do dólar e à desaceleração da demanda. “Esse tipo de referência porcentual de quem é o controlador não significa nada nos dias de hoje. Você pode ter 2% e ter um acordo de acionista que lhe dá o comando da governança da empresa”, disse ele. “No mundo da organização empresarial, o mercado já definiu regras e transformou em coisa absolutamente do passado e inócuo o porcentual de capital no comando de uma empresa”, completou.

A análise do ministro sobre a influência e autorização de mais capital estrangeiro em aéreas nacionais ocorre no momento em que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) analisa proposta da companhia aérea Azul para criar uma “super ação” preferencial e garantir que o empresário David Neeleman, que tem apenas 9,2% de participação na empresa, possa ser, de fato, o controlador, mesmo após a oferta pública inicial de ações (IPO na sigla em inglês) da aérea. “Temos de ter uma legislação que trate o investimento estrangeiro como investimento, e não necessariamente como comando de governança”, argumenta o ministro Moreira Franco. “Há pessoas que gostam de investir em bons negócios e não querem ganhos decorrentes do comando da governança. Querem ter ganhos decorrentes simplesmente do lucro do negócio”, completou, ao defender maior fluxo de capital estrangeiro nas empresas.

Beba na fonte: Governo avalia afrouxar exigências em leilões do Galeão e de Confins – Economia – Notícia – VEJA.com.

Pacto para a Constituinte: vigarice golpista do PT

Captura de Tela 2013-06-30 às 23.32.07O chamado ‘pacto da reforma política’ proposto  pela presidente DIlma Rousseff não passou de vigarice oportunista do PT para impor um velho projeto político ao País: o de isolar o Congresso para levar a uma reforma política nos moldes das pretensões do partido.
De acordo com uma ‘insuspeita’ fonte da ala goslpista do PT, o jornalista Paulo Henrique Amorim, foi o ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins quem levou a ideia da dobradinha pacto-constituinte à presidente.
Endossada por Dilma, a proposta acabou se transformando no maior vexame político da década, obrigando a primeira-mandatária a um recuo vergonhoso menos de 24 horas depois de apresentá-la à sociedade.
O projeto está descrito de maneira pormenorizada no documento “O Brasil que queremos”, produzido ao final do Terceiro Encontro Nacional do PT, em 2007. Continue reading Pacto para a Constituinte: vigarice golpista do PT

E ela ainda diz que está ouvindo as ruas!…

Dilma: bombeira ou frentista ?
Dilma: bombeira ou frentista ?

Apagar o incêndio com gasolina é o que parece querer a nossa cara (no sentido de dispendiosa) presidente Dilma Rouseff. Teria sido mais fácil, honesto e efetivo anunciar a redução pela metade de seu ministério do que conclamar um plebiscito para bypassar o Congresso.
Mais rápido e eficiente do que qualificar como hediondo o crime de corrupção (medida, aliás, imperiosa e necessária), teria sido demitir já os corruptos alojados no primeiro e segundo escalões da República. Mas isso Dilma não fará — ou pelo menos não anunciou que fará. Mateus, primeiro os teus!
Em vez de colocar sua enorme base de apoio para trabalhar, a presidente prefere encurralar o Legislativo com uma proposta arriscada, trazendo para o discussão um elemento que até agora estava ausente do debate: a ruptura institucional.
Imagine o que acontecerá quando o Congresso disser “não” a essa sandice — porque seus atuais integrantes agiriam defensivamente, vendo-se obrigados a aceitar a ingerência de uma assembléia alienígena convocada para interferir no seu escopo de atribuições. Continue reading E ela ainda diz que está ouvindo as ruas!…

PEC-37: Adiamento é balela. Hora de derrotar é agora.

JoãoPauloCunha“Tá vendo só essa bagunça aí fora ? Vocês provocaram isso! Vocês criminalizaram a política”.
Foi o que disse o mensaleiro condenado João Paulo Cunha ao lobby de promotores de justiça que tentava ontem, em Brasília, convencer deputados a votar contra a aprovação da PEC-37, a emenda constitucional que pretende acabar com o poder de investigação do Ministério Público.
Sem acordo, a proposta foi retirada da pauta pelo presidente da Câmara, que havia marcado a sessão de votação apra o dia 26, semana que vem.
O recuo do Congresso foi apresentado à sociedade como uma vantagem — o adiamento — obtida pelos defensores do MP diante da iminência da aprovação da emenda.
É balela.
O Congresso, como se vê pelo pensamento dominante expressado pelo mensaleiros João Paulo Cunha, tem ojeriza dos promotores e procuradores.
Mas num clima de conflagração como o que se vê nas ruas, é notório que deputados e senadores têm muito muito mais medo da ira do eleitor enfurecido do que da lente indiscreta de um promotor de justiça. Continue reading PEC-37: Adiamento é balela. Hora de derrotar é agora.