Falha tentativa de nomear para tribunal esposa do maior ficha-suja brasileiro

O estado de Mato Grosso está livre, ao menos por enquanto, da vergonha de ter entre os conselheiros do Tribunal de Contas local Janete Riva, mulher do maior ficha-suja brasileiro, o multiprocessado José Geraldo Riva. Segundo o Ministério Público, Riva et caterva desviaram meio bilhão de reais dos cofres da Assembleia Legislativa mato-grossense.

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José Geraldo Riva já sofreu todo tipo de vergonha em sua tentativa de se manter no poder em Mato Grosso. Ele começou sua carreira política no alvorecer dos anos 80. Foi quando passou da condição de pé-rapado do Nortão a multimilionário, dono de uma  fortuna incalculável amealhada, de acordo com o MP, com desvios seguidos de dinheiro. Para tanto, associou-se como gente do quilate do “Comendador” Arcanjo, bicheiro e dono de uma rede de cassinos que atualmente se encontra recolhido ao presídio de segurança máxima de Campo Grande, MS.

Riva foi condenado em várias ações de improbidade admnistrativa e responde a duas centenas de processos por todo tipo de crimo do colarinho branco. Tornou-se inelegível durante a última campanha, quando pretendia disputar o governo do estado pelo PSD, partido que controla. Riva ainda tentou transformar sua mulher Janete em candidata-laranja durante o processo eleitoral, mas não conseguiu.

Diante da saída iminente do Poder, o deputado estadual tentou outra jogada com o mesmo fim e igualmente usando a mulher como laranja. Conseguiu de seus pares a indicação de Janete para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado. A vaga era ocupada qntes por Humberto Bosaipo, sócio de Riva no negócio da corrupção. Mas a tramoia foi barrada duas vezes pelo Poder Judiciário.

Cabe destaque para a atuação do desembargador Orlando Perri, atual presidente do TJ-MT. Foi ele quem sepultou definitivamente a manobra ao impedir que a Assembleia Legislativa sabatinasse a mulher do ficha-suja na tarde desta sexta-feira, no apagar das luzes da atual legislatura.